Silêncio Mórbido

I

Ao apagar das velas
Na ferrugem das peças
O guincho é ouvido
Na pele é sentido
A frieza chega
Mais da mesma…

Preso em um ciclo
Não mais rico
Eterno limbo
Por todo esse silêncio

Caindo, caindo, caindo
Me imagino sorrindo
Mas sei que é ilusão
Sempre, eterno, famosa exclusão

Calado sem consentimento
Fitas pelo rosto
Passado lento
Destino morto

II

Ando sem destino
Traço meu caminho
Com essa venda
Esqueço minha lenda
Famoso mito
“Garoto tenta algo imprevisto”

Não tem fim, acabe
Sem alarde
Menino pula da ponte
Dá de cara na fonte
Sofrimento inacabado
Diga isso ao ser defasado!

Silenciado…
Como numa rede social
Amado…?
Me tratam como mal

Será?

(03/05/2018)


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