Dessas coisas que a gente faz por pouca coisa...

Às 6h35 da manhã d'um domingo o camarada devia estar dormindo. Acordou, evidentemente, por causa do gato miando, pedindo comida e abrigo. Garantidos os dois, era vez de cuidar do cachorro que na primeira oportunidade saiu correndo pra comer capim. Era pra dar remédio em jejum, mas, como dizem os nascidos no novo império: this boat has sailed.

E aí? Vale a pena tudo isso? Essa pergunta assombra o neurótico. Vale a pena tudo isso? A pena precisa ser cara pra valer. A questão, no entanto, talvez esteja mal formulada. Vale a pena? Ou, precisa valer? Alguma coisa vale a pena?

O sentido das coisas tá n'aquilo que inventamos. Nada vale a pena, a princípio. A pergunta tem como resposta, sempre: não. Mas daí vem aquilo que nos move, vem o desejo, vem o gozo, vem a paixão. E as coisas ganham significado, sentido e valor. Vale a pena?

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