Por quê você faz nada?

Por quê você está sempre machucada? Gostaria que você parasse de drama e se levantasse, fizesse tarefas por si, não precisasse de colunas humanas para sustentar suas inseguranças. Por quê tão insegura? Não paro de pensar na sua má e inexistente vontade de viver fundamentada em seus próprios alicerces. Por quê você não construiu alicerces? Preguiça! Eu odeio sua preguiça, sua mania de esperar alguém de seu lado para te apoiar em seus problemas expandidos e ilusionados, sua psique necessariamente coletiva. Por quê tão coletiva? Ambos sabemos que você é capaz de subir na montanha de pessoas que supostamente fazem mal para seu curso empedrado pela felicidade. A felicidade é colocada ao fim do infinito por sua própria mínima vontade de enfrentar todos os problemas que cria. Carente, apenas carente; me sinto incomodado.

Suas ideias sobre o mundo são fantasticamente falsas; elas gritam e iluminam seu desespero por abraços. Nem sempre terá abraços para desfrutar e você sabe disso, portanto, por quê insiste na necessidade de tê-los? Todo comportamento, mesmo que pequeníssimo, expressa sua necessidade. Necessidade. A irritação profunda vem após suas demonstrações depressivas: a aceitação do criado empecilho como parte integrante de sua vida. A injustiçada, apenas lhe resta aceitar sua condenação por viver nesse mundo!

Não! Você está errada! Sua visão de mundo é a qual o torna inimigo, em conjunto com sua resposta derrotista. Não há derrota para ilusões. Sua derrota é intrínseca em seu espírito, está lá sem preciso e isso me incomoda. Você não me engana com suas demonstrações de derrota: você quer ajuda para superá-las. E isso me incomoda.

Vítima de um mundo distorcido e injusto e a aceitação da impossibilidade de solucioná-lo com o objetivo de agariar suprimentos para sua carência afetiva e emocional. Isso me incomoda.

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