começar com hello world é muito fora de moda?

Oh, céus.


TL;DR: esse é um blog pessoal e haverão posts pessoais, mas tentarei fazer dele uma casinha pra minhas aventuras nos dados. Mas meu tom aqui é sincero, despojado, irônico, talvez até ingênuo. Aqui não é meu Linkedin, mesmo que você venha porque pus o link lá. Passei por muitas lutas, como todo mundo passa, fiz minhas escolhas, como todo mundo faz, e isso tanto me atrasou numas coisas como me modelou em outras, e sou o que sou por causa disso. Gosto de privacidade, de dados, de computação e hardware. De música também. Seja bem vindo e espero que fique. Ah, eu sou prolixo.


Oi.

Eu era uma criança que usava o Google e cia ltda, o Wordpress, a Microsoft (sdds msn), o Facebook e seus amigos, etc. Agora, virei uma pessoa adulta cheia de chatice que quer alternativa pra tudo, longe dos trackers malvadões da vizinhança, da enxurrada de propagandas, do duplipensar das moderações e des-checagens de conteúdo. E pedindo a Deus que nenhuma dessas alternativas seja honeypot. Bem, ainda uso o zap-zap, mas aí é por causa de 99% do meu círculo se recusar a usar Signal ou Telegram.

Eu era um adolescente que queria viver de música (e ainda quero, e não precisa ser banda, pode ser dando aulas ou escrevendo livro ou qualquer coisa), mas como nunca consegui fazê-la pagar minhas contas, bora encher a tela de código. Ha, eu gastei muito mais tempo dos primeiros 3~4 anos da faculdade em fóruns e leituras sobre música (principalmente guitarra) do que computação, programação, desenvolvimento.

É esse o ponto. Não sou o indivíduo mais empolgado com computação, confesso. Com tecnologias, sim. Informática, hardware (nota: é 2022, há anos eu dizia a amigos e familiares como ARM seria uma revolução, e a Apple tá chutando portas com o M1, M1 Pro, M1 Max, M1 Ultra...), segurança, privacidade. Mas computação, ou sendo específico, desenvolvimento, não. Você não vai me ver facilmente numa hackathon. Não vai me ver fazer um projetinho no fim de semana "pra me divertir". Não vai me ver virando noites quebrando a cabeça com algum código meu. Sinceramente, talvez nem assistindo vídeos no Youtube a respeito se for longo demais.

Porém, onde eu estou, eu estou. O que eu tenho de fazer, eu faço. Não sou uma máquina, mas se eu entendo o que estou fazendo e qual direção tomar, eu faço.

Foram anos numa faculdade que entrei novo e imaturo. Eu sequer sabia estudar -- tinha facilidade na escola, mas era decoreba pra mim. Estudar mesmo, o processo de aprender, de raciocinar, de entender, eu não sabia. E na faculdade eu demorei a me encontrar, mas me encontrei. Em meio a tantos devs, engenheiros de software, linguagens, projetos, gits, classes, métodos, atributos, interfaces... eu encontrei.

IA. Aprendizagem de máquina. Reconhecimento de padrões. Mineração de dados. Análise de dados, ciência de dados, engenharia de dados. Não exatamente com esses termos; na universidade, ali nos idos de 2017, no máximo era mineração de dados (o que me rendeu um artigo e o tema pro meu TCC). (gostei muito das optativas de educação também, o que também contribuiu para os mesmos artigo e TCC).

E eu queria seguir carreira acadêmica. (ainda quero, mas, vamos com calma).

Foi um certo suplício vencer as disciplinas de outras áreas. Embora importantes, na hora eram mais um estorvo do que um complemento. No olho do furacão a gente não enxerga bem o que está ao redor; não pra tanto, terminar a facul me deu mais uma sensação de alforria do que de ciclo finalizado. Porém, se você não dá atenção a essas outras disciplinas, empurra com a barriga, e não se importa se vier uma nota baixa (ou uma reprovação), não só aquele período de aprendizagem e troca de conhecimento fica meio perdido (e difícil de recuperar, porém não impossível!) como aquela futura seleção pro mestrado fica consideravelmente mais difícil...

Mas aqui estamos, 2022.

Passados os lockdowns, tendo chafurdado nas depressões e ansiedades, ficado meio ano sem computador, insistindo (sei lá porquê -- juro) em estudar desenvolvimento em JS (obviamente falhei nisso), ao invés de ver que o amado (e usado por mim desde 2010) Python era perfeito pra essas coisas de IA que eu queria fazer mas achava que era só pra academia, não enxergava que o mercado tava afim disso... e pra piorar, estou deveras enferrujado.

Mas estou aqui. É nóis. Ferrugem a gente tira, lubrifica as juntas, aperta os parafusos, e sem gambiarra voltamos a andar.

E se estou aqui, então não estou num Medium da vida, não estou nas redes sociais principais da vida, e provavelmente não estou nas discussões mais relevantes. (quer dizer, talvez eu esteja no Reddit, mas não conta). Estou aqui porque uso o Standard Notes como meu app de notas (o danado é bom, garanto) e a extensão que permite publicar direto dele pra um blog.

Mas, poderia eu estar futuramente em outro lugar? Escrever em outra plataforma, gravar vídeos, fazer postagens em outras redes? Hum, sim. Ou não. Depende. Da minha vontade, do tema, do clima lá fora, do segundo sol chegando para realinhar as órbitas dos planetas, ou de Ana Paula que agora é Natasha.

Dito isso, se você chegou até aqui, ̶s̶e̶ ̶i̶n̶s̶c̶r̶e̶v̶a̶ ̶n̶o̶ ̶c̶a̶n̶a̶l̶ ̶e̶ ̶d̶e̶i̶x̶e̶ ̶s̶e̶u̶ ̶l̶i̶k̶e̶ esse blog vai tentar narrar a jornada desse desempolgado nos dados. Se análise ou ciência eu não sei, mas em breve você vai me ver trabalhando na área. E publicando mais coisa, assim espero. Seja sobre dados, computação, tecnologia, privacidade, ou coisas pessoais minhas. No entanto, tentarei focar em dados mesmo, assim espero².

Deus abençoe.

Até.

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