Impermanências
October 27, 2022•112 words
A alegria da existência
Não encontrei em mim
Fui persegui-la em ti
E ela também escapou
Busquei-a nas catedrais
Mas aos discursos e aos cânticos
Não me apegava jamais
Talvez então nos vícios
Ela decida se enraizar
As apostas, a bebida e os suplícios
Só me fizeram amargurar
As telas do consumo falaram
Que a felicidade lá é permanente
Vendi a alma ao banco
E permaneci descontente
Donde está essa bendita?
Seu sabor era promessa
Para matar a sede maldita
Onde verei esse oásis?
Seu refresco era esperado
Para saciar apetites vorazes
Absorta nessa novela
Me perdi e te perdi
Pouco ouvi do coral
Não saboreei a pinga
Nem o produto comercial