Às mil vidas comidas

Devoro-te
Mas não te decifro
Cada mordida
Sacia, um pouco,
A inesgotável fome de vida

Com texto bebo
Sugo
Revivo
O de ontem e o de agora
A oculta e a exposta
O triunfo e a derrota

Guardo-os na caixa
Como melhores doces finos
Saboreio os amargos
Sofro com os pepinos
Tento o banal e o divino

Escreve tu também
Para que eu possa te devorar


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