Aceitas o mesmo copo?

Nas ranhuras do vidro
Surgem entalhes de dor
Recortes de fome, de sede
De risadas e de esplendor

Tentaste quebrar o copo
Mas ele retornou
Com o mesmo líquido agridoce
Narrando igual história

Outro gole, outra careta
O estômago reclamou
Um novo engolir
Surpreendeu pela doçura

Veneno e cura em tal receptáculo
Aceitas, mais uma vez, o mesmo copo?

*O eterno retorno tem muitas formas (coisas do bigodudo do Nietzsche).
Aceito outro copo da mesma vida, com gosto :)


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