Todo carnaval tem seu fim

Nunca li tanto sobre a morte
Sobre o luto
Sobre a arte de morrer naturalmente em paz
Sobre os animais reagindo a isso

Tento entender os pedaços
E as renovações
Para tentar aproveitar as flores
Afinal, elas são efêmeras
Assim como todo o resto

Nunca lidei bem com o fim
Seja da fatia de bolo
Do xampu
Do papel higiênico (a tragédia)
Da energia no chuveiro
Da fruta que trocou de estação
Do emprego compartilhado
Do grupo de amigos
Da narrativa viciante
Da residência naquela casa
Do amor pra-sempre-que-passa
Do laço de sangue

Mas é tão bonito assistir aos começos...


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