Evangelização em redes socais é muito cringe

Quando dizem que o chamado que receberam de Deus é para evangelizar... na internet.


Evidentemente, temos um problema logo de cara nesse tipo de afirmação.


Tempos atrás quando um individuo dizia que foi chamado para "evangelizar", a primeira coisa que vinha em mente era alguém largando toda a comodidade, bem-estar e conforto de casa para se atirar no incerto: As ruas dos mundo afora num desejo ardente de anunciar as boas novas do Cristo ressurreto; enfrentando todo tipo de diversidade que esse mundo caído oferece gratuitamente - inclusive, viver sob risco de ameaça física e moral constantemente - esse alguém estaria disposto a morrer por Cristo, se fosse necessário.  Bom, mas não é sobre esse tipo de evangelista que estou expondo aqui. Esse grupo que tem emergido das profundezas da internet, possuem nomes gourmetizados para referirem-se a si mesmos numa roda de amigos depois do culto e todos pensarem como eles são bacanas. Essa galera é conhecida como "evangelizadores de mídias sociais", ou como são chamados comumente: influencers cristãos.


Essas criaturas de Deus, que vivem sob habitat urbano (na maioria das vezes), se alimentando de McDonald's e Coca-Cola ou Starbucks e Outback, - se forem de classe média, é claro - equipando-se de algum modelo de Galaxy da vida no primeiro tipo, e no segundo tipo, um iPhone como ferramenta de "trabalho" para o Reino de Deus. Essas criaturas insistem em dizer que todo engajamento digital obtido com seguidores, curtidas e comentários no Instagram, TikTok e sei lá o que mais, é para Deus... Sim, para Deus (risos). Se essa situação não lhe parece tragicômica o bastante, creio que você perdeu a capacidade de refletir sobre o que essa situação significa. 


You'll only receive email when they publish something new.

More from Qohélet XXI
All posts