Uma Plantinha

A palavra não dita
Virou uma semente
E então, de repente
Germinou inaudita

Afinal, o solo era fértil
Que medos escondia
Na fresta nada sutil
Mas tempo de sobra havia!

Fez-se pouco caso
Do brotinho que nascia
Já que árvore antiga
Ainda bem florescia

Passada a primavera
Com as folhas a despontar
Assustou-se o jardineiro
E tentou-a abafar

Sem cortar devidamente
Sem permitir-lhe ventilar
Aumentava a torrente
De galhos a se espalhar!

A planta desenvolveu-se
E podar-lhe não era simples
Lembrou-se, pois, do jardineiro
Que queria vê-la triste

Tornou-se árvore frondosa
Com memória de semente
Disposta a destruir
O jardineiro à sua frente


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