Suspenso em acomodação

O pêndulo estica...
Outro puxão!
Ele volta à frente
Depois mais à esquerda
Até mesmo gira
Sem nunca parar

A dança constante
De palavras não ditas
Dos amigos a puxar
E também dos congressistas
Dos sindicatos a protestar
Do patrão em revista
Até mesmo do Chico
Que já sabe o que será

Uma dança da língua
Um cavalo a serpentear
E o peão inova na diagonal
Há um sopro de fora
Outra mudança sazonal

O balanço invisível
Teima em persistir
Os discursos se deslocam
Num infinito ir e vir

O sossegar e a tensão
A ameaça cresce
Desses muitos interesses
Em eterna acomodação


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