Poemas às crianças, de um cinamomo

O sol que me tocava
Alimento fornecia
Mas as crianças,
Ao me cercarem,
Enchiam-me de euforia

A bola chutada
O pega-pega sem par
O esconde-esconde de férias
A alegria de inventar

Minhas ramificações
Que julgava fortes
Suavizaram-se com as risadas
E com lágrimas a tragar

De tanto ouvir "sinamão"
Percebi que os já crescidos
Forjados na solidão,
Discretos vinham me cumprimentar

Quando oca me tornei
A fim de me preencher
Ofereceram-me

Martelos
Carrinhos
Segredos infantis
Livros
Aceitei todos.

Foi meu jeito de guardar memórias
Aceitar fragmentos de histórias
Da alegria de um lar


You'll only receive email when they publish something new.

More from J_Leyva
All posts