Intimidade
November 27, 2019•238 words
Será que nos tornamos uns cínicos no que diz respeito ao amor?
Porque é que o debate colocou de um lado os solteiros e do outro aqueles que escolhem uma relação?
Quem vive hoje sozinho regozija por estar mais disponível para os que o rodeiam. Pode estar mais com amigos, família, etc.
Viver sozinho já não é visto como uma potência para a solidão ou depressão. Cada vez mais é uma escolha e um estilo de vida.
Para quem escolhe outra opção, verifica-se que há uma espécie de contração da vida. Não se sai tanto, há menos convites de outras pessoas, menos copos com amigos... Até os próprios familiares diretos preocupam-se menos. Quando surgem os convites normalmente são direcionados ao casal e não a algum dos elementos em separado.
Casamento/relacionamento não devia levar ao afastamento de outras pessoas.
Há muita gente que associa o bem estar de um filho à necessidade de haver um casamento/relacionamento dito normal/tradicional, quando na verdade o que uma criança precisa é de estabilidade não de um modelo de família.
O amor é o que sustenta a vida, não a nossa tendência em o amarrar a tipologias de relacionamento/família. Nós precisamos de uma cultura que suporte relações de intimidade, apenas isso.
Vivemos na era em que a maior epidemia é a solidão e mesmo assim, preferimos discutir sobre qual é a verdadeira expressão do amor. Nós precisamos é de apoiar todos aqueles que cuidam.